O mercado está preocupado com os desafios durante a pandemia, e mais, com os desafios pós-pandemia. A pergunta é, qual empresário ou C-Level que dirige empresas que não está acostumado com grandes desafios?

É fato que na última década vivemos um movimento intenso de mudanças, na forma de consumo, na forma de entrega, na forma de gerir os negócios, cansamos de ler no LinkedIn sobre a indústria 4.0, sobre como isso tem mudado as relações de trabalho e até mesmo do empreendedorismo e as expectativas para a nova alteração de padrões com a futura chegada da rede 5G.

É possível não entrar em desespero neste momento ao aceitar o cenário atual como uma aceleração do que já estava se desenhando, e o que os sistemas inteligentes já vinham fazendo com nossa sociedade.

Diversos exemplos podem ser verificados: já podemos comprar qualquer item pela internet, só íamos a um centro comercial por conveniência de poder retirar o produto na hora, ou até mesmo para fazer um passeio de fim de semana; consumimos TV sob demanda, rádio sob demanda, e podemos nos conectar a qualquer pessoa em qualquer lugar do planeta através de um smartphone; educação a distância para universidades e cursos de extensão já são uma realidade há alguns anos.

Há quem argumente que algumas atividades ainda precisam do contato físico e da interação humana, a resposta é sim, e elas continuarão existindo, mesmo tendo de ser paralisadas neste duro momento de nossa história.

Porém o desafio agora é acompanhar o próximo passo, empresas pouco preparadas para informatização dos seus processos, tiveram que faze-lo em poucos dias, escolas tiveram que mudar seu conteúdo para o online, comércio que era estritamente de rua teve de se adaptar rapidamente a nova realidade, e não vai voltar para trás, enfim, serão novos tempos com novos desafios, e o que tínhamos no horizonte para os próximos 5 a 10 anos está acontecendo diante dos nossos olhos nessas fatídicas semanas.

O tráfego de internet subiu em proporções jamais vistas na história, a ponto de empresas de serviços de streaming diminuírem a qualidade dos vídeos para garantir que não haja gargalo nas redes.

Enquanto há uma grande diminuição na atividade industrial tradicional, no comércio tradicional, e em setores que em tempo retomarão suas atividades normais como o turismo, a indústria dos dados está em franca expansão. A cada dia nossas vidas estarão mais dependentes da rede, dos centros de dados (Data Centers), e do acesso a serviços online.

Importante ressaltar que mesmo serviços informatizados precisam de seres humanos, e aí que entra a possibilidade de gestão remota, centros de gerenciamento, por exemplo dos Data Centers, se apoiando em ferramentas (BMS) que possam ser suportados remotamente. Os DCIMs que podem acelerar o atendimento local, com menos pessoas dentro dos sites e trazer a gestão para fora do Data Center.

Porém não adianta se munir das melhores ferramentas do mercado se os processos não garantam que as atividades sendo executadas de maneira remota terão o mesmo efeito e eficácia, portanto será importante investir também em processos e procedimentos que garantam que mesmo remotamente tudo irá continuar funcionando.

Está claro que estamos em um caminho sem volta, não teremos mais o mesmo formato social e mercadológico que vivíamos até 2019, mas sim grandes desafios para adaptar nossas vidas e nossas empresas para o novo panorama que se mostra, talvez esse seja o maior desafio da nossa geração de líderes empresariais e sociais.

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