A exportação de outsourcing de TI, também conhecida como offshoring, é considerada um dos principais fenômenos na indústria de TI. Responsabilidades têm sido transferidas para fornecedores de TI em todo o mundo. Um aspecto chave desse fenômeno é a importância que economias emergentes, tais como, Brasil, Panamá, China, Índia e outros, têm se consolidado como provedores de offshoring de TI.

Os serviços de offshoring podem ser fornecidos pelas unidades da própria empresa localizadas em países diferentes, ou ainda por outras empresas também localizadas em países diferentes. A subsidiária offshore é definida como aquela que produz itens específicos a baixo custo, seguindo métodos preestabelecidos, mas não é inovadora. Tal concepção do offshoring, baseada exclusivamente na redução de custos, desconsidera, por exemplo, a autonomia da subsidiária para definir novos processos e tecnologias e, assim, evoluir em seu papel dentro da corporação.

offshoring está, na realidade, alinhado com a necessidade de racionalização, que é consequência da globalização e pode ser utilizado também pelas subsidiárias para ir além de seu papel de contribuidora especializada. Subsidiárias indianas, para as quais o offshoring, somado ao seu perfil empreendedor, foi fundamental para que ganhassem mais relevância no contexto da corporação. Dependendo da evolução da subsidiária, ela pode ser uma contribuidora ou uma líder estratégica, uma fonte de recursos valiosos para outras unidades ou, então, receber mandatos globais para desenvolver certos tipos de produtos ou serviços para o mercado global.

A crescente participação da subsidiária contribui para o desenvolvimento de vantagens competitivas para a corporação. Tendo um certo grau de liberdade para definir seu próprio futuro, o desafio para a subsidiária é compreender as condições necessárias para desenvolver um conjunto de competências que sejam reconhecidas pela corporação como fonte de criação de valor.

Embora o offshoring represente uma oportunidade de desenvolvimento para as subsidiárias, apenas recentemente os pesquisadores têm buscado entender como e quais fatores determinam esse desenvolvimento. Após a década de 1980, mais subsidiárias têm mostrado sua capacidade em levar adiante ideias, em executar trabalhos de pesquisa para a corporação e em tornar-se ativas participantes na formulação e implementação da estratégia da organização. Assim, a geração de vantagens competitivas deixa de ser uma atividade exclusiva da matriz e torna-se uma responsabilidade coletiva de toda a rede corporativa.

A capacidade de gestão é um diferencial determinante do desenvolvimento do papel das subsidiárias. A capacidade de gestão está associada à capacidade de executar planos nos tempos acordados e de entregar serviços no nível de qualidade pré-definido.

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