Desde 2018, em seu relatório de tendência para o mercado de TI, o Grupo Gartner vem apontando o Edge Computing como uma das principais CIOs pelo mundo da importância das infraestruturas de borda. E, afinal, o que isso significará para a nova era de informatização guiada pelo aumento do uso de todas as plataformas e aplicativos que estão distribuídos por todas as regiões do globo?

Mas, para entender este movimento, é preciso compreender que todo produto tem o seu ciclo de vida, e isso não é diferente com o Data Center.

Essa história tem seu início na década de 60, enquanto os EUA adquiriam sistemas computacionais para atender a demandas de cálculo da corrida espacial e também enquanto um americano fundava, no Texas, uma empresa para fornecer serviços de processamento e transmissão de dados.

A partir daí empresas podiam se informatizar utilizando sua própria infraestrutura ou contratando TI como serviço, com isso espalhando Data Centers pelo mundo.

No Brasil, as estruturas de grandes Data Centers de serviços tiveram seu início por volta do ano 2000 e, nestes últimos 20 anos, sofreram uma impressionante expansão, com muitos investimentos de novas empresas, que chegaram ao nosso mercado, apoiando assim o crescimento que a tecnologia nos impõe dia após dia.

Este movimento levou boa parte das empresas a centralizar seus dados e processamento em grandes estruturas, que nem sempre tem proximidade com o consumidor final.

Por exemplo, quando pensamos em um aplicativo de rede social que é utilizado no mundo todo e possui um Data Center central, a informação percorre um caminho longo para chegar ao servidor e retornar ao cliente e, esse trajeto consome recursos que elevam os custos, além de piorar a experiência do usuário.

Para que essa equação se resolva é necessário descentralizar essa infraestrutura e preparar os Data Centers de borda, ou edge, onde o usuário terá acesso mais interativo com suas aplicações.

Mas, o que acontecerá então com os grandes centros de processamento? Vão diminuir? Fechar? Nada disso! Na verdade, estes ainda serão responsáveis por boa parte do armazenamento e processamento, além de que a comunicação direta com os pequenos centros espalhados se dará com mais eficiência do que diretamente com o usuário final.

Enfim, o Edge Data Center já é uma realidade em nosso mercado e passa a ser uma estrutura complementar, e não substituta, ao que funciona desde os tempos que o homem chegou a lua.

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